quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Novo Horizonte

A cidade não pára, a cidade só cresce, o de cima sobe, o debaixo desce...
Acidade não para, acidade sócresce, odecimasobre, odebaixodesce...

Enquanto alguns sacramentam suas contas bancarias,
outros sacramentam algumas migalhas,
ricos, mendigos e derivados
misturados cada um em seu lado

O grito. a agonia e tristeza, a dor e a eterna Paz.
A morte é anestesia da fome
e a cidade foi o seu capataz


O sangue que escorre diariamente pelas ruas da cidade, vai para o esgoto e se mistura com a merda da sociedade, coma do meu corpo, beba do meu sangue.

Osangue quescorre diariamente pelasruas dacidadeeeeeeeeeee, vaipara oesgoto essemisturacoma merda dassociedadeeeeeeeeeee

AAAAAAmémmmmm


Franzinos meninos lata na cabeça,
buxos nas costelas panela sem feijão
Franzinosmeninos latanacabeça,
buxosnascostelas panelassemfeijão
Franzinos meninos lata na cabeça,
buxos nas costelas panela sem feijão
Franzinosmeninos latanacabeça,
buxosnascostelas panelassemfeijão



Acorde!!! A vida começou!!!

Trimtrimtrimtrimtrimtrim
huuuuuuuuuuuulllllll
ahhhhhhhhhhhhhhhhuuuuuuuuuuhhhhhhhhhh

E em coro a cidade acorda para mais uma jornada de conquistas ou angustias
em marcha a cidade caminha para mais um dia de evolução ou sofrimento

Trabalho, escola; estudar, estudar, estudar; esqueceu de comprar a coroa de flores para seu namorado; faculdade, trem lotado, faculcade, trem lotado; é filho, é leite, é feijão; não pagou a pensão dos seus filhos.

E o murmuro da cidade toma conta do seu subconsciente, seus pensamentos confusos ressoam em sua mente como um montoado de vozes de obrigações, tanta responsabilidades, tantas obrigações e imposições, tantos tudo, tantos acolá e cá, tantos princípios de finalidades medianas a serem cumpridos em pequeno tamanho de tempo e espaço pequeno...

- CHEEEEGAAAAAAA


E corpo cai desamparado pela sua mente; sua mente não agüenta tanta confusão. As palavras distorcidas se tornam socos, murros e pontapés no estomago, cada silaba, contra seu corpo, vai sugando parte de seu sangue, suas feridas abertas vão se tornando cicatrizes na alma. Cada obrigação se torna o objetivo do demônio para distorcer seus órgãos vitais, as palavras vão perdendo sentidos, sentindo se corpo anestesiar ele escuta:

A BOLSA CAIU..... ihhh... a bolsa caiu!!! E agora, a bolsa caiu...!?!?!

Mão que apertavam, fechavam negócios agora o sugam. Tiram o podem daquele corpo caído quase sem vida, sem esperança; seu corpo sem nada, ao léo agoniza junto a Marx. Seu corpo flácido, inoperante, sua mente corrompida, sem mais ninguem, sem mais nada...

 - MULAMBO!!!


Mucado de mulambo molhado manchando o chão
Mucado demulambomolhadomanchando ochão


Seu corpo despido caido e agonizado, agora mendigo mulambo, agora... a sociedade o vê como coitado, protegem-no com leis, mas as lei não o protege contra o desprezo, a agonia, o desespero e a entrega de sua dor ao universo sem ele ter mais controle de suas próprias ações. A sociedade que o protege e a mesma que o condena.


Mas o que tinha dentro era gente ainda, era gente ainda
Mas oquetinhadentro eragenteainda, eragenteainda

eragenteainda

Danilo Fajardo de Oliveira

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