segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Homenagem ao Jesse Koz e Shurastey


Fui pra Balneário Camboriú de Fusca pra fazer Homenagens ao Jesse Koz e Shurastey.Viajei 630 km de São Paulo SP ate Balneário Camboriú SC. De fusca, indo devagar, levei quase 21  horas na estrada, fiz muitas paradas para lanche, ir ao banheiro e descanso e uma vez para abastecer. deveria ter sido em 10 horas, foi mais que o dobro, devido a minha falta de experiência na estrada e eu também não estava com pressa... eu conversava com muitas pessoas pela estrada. tirava fotos, gravava vídeos, editava e postava os vídeos. Um dos contratempos da viagem, foi o fusca não ter uma tomada pra carregar o celular, isso me fez parar em um posto com conveniência por mais de uma hora, tomei café, fui ao banheiro, fiz um lanche, editei e postei um vídeo enquanto carregava celular e a bateria. Olha só, neste dia, acordei as 6 da manhã, cheguei lá as 6 horas da manhã. 24 horas em função da viagem. 

um dos aprendizados mais importante desses dias, foram os desafio e conflitos que ocorreram. Meu pai iria comigo. E, ele estava bem nervoso neste dia. Ele não estava colaborando com a arrumação das bagagens e queria ir logo. Quando fomos, ele não parava de reclamar e brigar; eu, em silêncio, depois que abastecemos, em uns 3 km de casa, tivemos uma discussão, ele tirou a chave do contato com o carro em movimento, quase causou um acidente. tive que pular nele e tomar a chave de volta. ele saiu do carro em movimento, disparou alarmes, o carro morreu, e não pegava. Uma pane esquisita. Fui atrás dele, chamei de volta, pedi esculpas e pedi pra nós irmos, ele entrou no carro e falou que ia pra casa, insisti, mas não dava, ele continuava agressivo. Pedi pra ele sair e ir embora a pé. 

Resolvi ir para SC, mesmo sem ter meu pai, que dividiria o combustível comigo. eu sabia que conseguiria ir, mas não tinha dinheiro pra combustível da volta. Pensei: como Jesse Koz faria? Ele iria, e depois resolveria. Tomei a decisão de ir!!! e bora!

O fusca não tem seguro. Há pouco tempo que a gente começou a consertar aos poucos, não sabiamos se estava 100%. Se quebrasse eu não tinha dinheiro pra pagar o mecânico, pagar guincho, ou comprar peças, eu não sabia arrumar. Mesmo assim eu fui. 

Lá... eu só queria ligar a minha câmera e conversar com as pessoas. Fazer as minhas homenagens, entregar o fusca miniatura, subir com a bandeira do Brasil no teto do carro, e gravar um vídeo em homenagem. Porém, percebi que minha maior homenagem foi ir de fusca, do jeito que fui, no perrengue, na loucura. 

Minha comida para 3 dias foram 30 ovos cozidos, duas tapauer de frango cozido, e uma duzia de bananas.  Comi só isso. Única coisa compra que eu fiz, foi de uma garrafa de água 1,5L 

Teve uma mulher que escutou eu falando que estava sem grana. Ela me ajudou com 40 reais pra eu almoçar, Fiquei tão feliz com a ajuda dela. Não pelo dinheiro, e sim, pela gentileza, deixou meu coração quentinho. fazia tempo que alguém não me acolhia.  Queria ter filmado isso.

Quando acabou o velório, estava chovendo, e eu iria dormir no fusca, em algum posto de combustível. Tinha uma barraca de Camping comigo, e eu estava MUITO cansado. Minha família depositou um dinheiro pedindo pra eu descansar em um hotel. pois eu iria dirigir no dia seguinte. ok! aceitei. e pousei em um hotel. Voltei bem, ganhei confiança no carro, em alguns pontos, andei no limite da estrada 110 kmh. foi divertido e tenso. 

Tive muito tempo para pensar e refletir na estrada. uma das minhas principais reflexões, é que eu estava curtindo muito fazendo aquela aventura. Refleti, que meu pai é autista. Fiquei por muitas horas dirigindo com raiva dele, refletindo dos porquês ele age da maneira que age, da forma que ele interage com as pessoas. Não tem Diagnóstico, porém, só de descobrir isso por mim mesmo, já transformou minha mente e meu coração em relação a ele. Hoje eu tenho mais paciência com ele, não reclamo nem questiono se o que ele faz ou fala, se está certo ou não. Eu já o olho com o olhos do coração. 

Essa viagem não foi só sobre uma homenagem ao Jesse, foi um encontro comigo mesmo, uma cura de relação entre pai e filho. (pelo menos pra mim) Ganhei muita confiança, descobri um pouco mais dos meus propósitos, as pessoas confiaram e acreditaram mais em mim. A coragem nasce naqueles que ousam, Naqueles que enfrentam. O Medo faz parte. E enfrentar o medo é um processo de cura do medo, pois mostra nossas capacidades de resolver, enfrentar, nossa resiliência, nossa inteligência emocional, o que é essencial pra nós mesmo. Ele dizia, que a vida não é só ficar esperando no sofá, se eu me desse por vencido na primeira situação adversa, eu assistiria as homenagens, as lives e os vídeos do sofá da minha casa, estaria putasso com meu pai até hoje, e não teria esses aprendizados, esse vídeo e essa história pra contar.  

Talvez, teve alguém que enfrentou essas situações adversas e não pode ir, ou desistiu, ou fez contas e viu que não daria pra voltar. Tome minhas palavras como desafio, e faz o que manda o seu coração. Se arrisca mais, faz o que você quer fazer. Não desista do seus sonhos. Essa foi a mensagem que Jesse Koz deixou pra nós, e eu creio que cada um que se permitir VIVER aquilo que faz o coração bater mais forte, fará aquela estrela em Alfa Centauro chamada Jesse e Shurastey brilhar mais forte. 

Danilo Fajardo
https://www.youtube.com/watch?v=9BB7xhenHgc

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